O bloco do eu sozinho

Quase carnaval, eu sentada no avião e um ótimo artigo da revista da TAM avisava: não há meio termo para o Carnaval. #SERÁ? Eu que estava embarcando justamente para um carnaval “meio-termo” – aos olhos dos foliões que possam me julgar de outros carnavais – resisti em concordar.

Claro, que para quem esteve em pleno Salvador ano passado, este seria mais pra menos do que pra mais. Mas de qualquer maneira, pensei, não posso ser uma viajona morna e tudo que menos quero para os leitores desse blog eh trazer uma historia meio-termos. Desculpem o desapontamento, mas enquanto Salvador foi o auge da solteirisse e foi o auge do despendimento, este ano eu queria só um pouco de sossego e um bronze que tirasse minha cara de hard working… então, aproveitem este post como uma aula de COMO FUGIR DO CARNAVAL, só que quase.

Mas afinal, como ia funcionar esse meio termo em pleno Recife??? Eu ia conseguir fugir ou melhor, eu ia QUERER fugir do Galo da Madrugada? Depois da maior festa popular do planeta em Salvador, do carnaval mais internacionalmente reconhecido no Rio, o Galo da Madrugada eh nada menos que o maior bloco de rua que existe no Carnaval!
Como esta foi uma viagem de familia, bancada e planejada pela familia, eu não podia reclamar, mas tambem nao posso dizer que nao imaginava. O negocio foi basicamente assim:

Curtindo Recife de quarta a sexta antes do carnaval, conferindo a montagem do palco, a estrutura, uma agenda que prometia Seu Jorge, Ney Matogrosso e Lenine, etc. Uma passadinha nas ruas ainda desertas de Olinda e na hora da coisa começar a esquentar… fuga das galinhas! ou melhor, Porto de Galinhas.

 

Então se enterre numa praia deserta ou num hotel de piscina e beira-mar, bem longe dos foliões! Tudo resolvido, certo? Quase.

Isso não impede do bar do hotel tocar a musica do Galo da Madrugada durante o dia todo, nem do centrinho da cidade promover seus próprios blocos carnavalescos, nem de ter sua paciência testada também da tv. Impossivel fugir 100%, mais fácil explodir de ouvir e depois comentar o hit internacional em carta aberta mesmo. Afinal, estamos no Brasil, ame-o ou deixe-o! Ponto para o artigo da revista TAM.

Se voce for como eu, vai olhar a tv e CHORAR pensando “Eu queria estar la, eu queria estar la!” (isso se nao tivesse chovendo e acabando a luz e eu passando mal com a tapioca que comi), agora, se você for como a minha mae vai estar pensando: “2 milhões de pessoas??? Tô fora!” Se for a irmã mais nova no auge da adolescència vai querer se suicidar e deixar claro que só esta ali por que foi obrigada, pois preferia a zombie walk. Isso se chama meio-termo democrático!


Quando os foliões estavam quase chegando lá em Porto, eis que chega a quarta-feira de cinzas e o nosso bonde parte pra João Pessoa, a cidade nordestina mais limpa, organizada e com menos cara de que houve um dia o carnaval que ja visitei! Aliás, só quem deve ter visto foi a Luiza, lá no Canadá… mas ela voltou pra lançar um empreendimento – como todo mundo já sabe… – e seus outdoors eram a ~unica coisa que poluía a cidade!



E foi assim que o blogo da fuga das galinhas fugiu do Carnaval, dia a dia! Como dizem, todo carnaval tem seu fim…


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