Nos últimos dias temos acompanhado um certa polêmica e uma certa #Denúncia sobre as ciclofaixa, faixa criada em alguns poucos km de Curitiba para uso dos ciclistas. Polêmica por que hoje essa faixa só vai funcionar em UM domingo do mês, e segundo muitos ciclistas, foi criada do lado errado ainda por cima!!!

Discussões políticas a parte, eu acho que de algum lugar se tem que começar, e criar cultura é uma coisa que leva tempo mesmo, mas o objetivo desse post é viajar nessa cultura de Bikes pelo mundo… Há quem torça o nariz para estas iniciativas por aqui no Brasil, quem ache utopia, quem pegue o carro pra ir na ESQUINA, mas quando chega na Europa acha tudo o máximo!!!

Dentro da minha humilde vivência por alguns países, acho incrível de ver como, nos lugares em que estive na Europa, por exemplo, as bicicletas já fazem parte das paisagens. Vai ver porque eles tiveram séééculos a mais pra aprender…

Elas são perfeitas para a ruelinhas estreitas, onde carros mal passam. A preferência é a de cestinha, onde você coloca a bolsa e ninguém, nem mulheres com suas saias, nem homens com seus ternos, deixam de estar bem arrumados em suas magrelas.

Tem gente que inova um pouquinho mais e “customiza” seu veículo de estimação! Tem até aqueles que a adaptam para levar os filhotes:

Falando em filhotes… Parece que o bom hábito é coisa que passa de mãe pra filho! Na Espanha minha vizinha levava as crianças pro colégio numa bici com duas cadeirinhas! No dia em que vi isso pensei: “eu tenho que aprender a andar de bicicleta, pelos meus filhos!!!”

E foi assim que, aos 19 anos, tomei vergonha na cara e me aventurei, SEM RODINHAS!!!

Engajada com o que para alguns não passa de “eco-chatismo” , seja pra economizar ou pra não ir todo dia a pé sozinha pra faculdade, ou porque estava encantada e contagiada pela cultura… eu ia, desengonsada, mas ia!

A cidade era equipada para isso, claro, além de ciclovias por tudo, bicicletários e até árvores (por que não?), a ação mais inteligente era mesmo a das bicicletas publicas.

Em cada cidade o serviço tem um nome – em Sevilla: Sebici; em Paris: Vélib; em Barcelona também tem… mas é basicamente a mesma coisa.

O cidadão paga uma anuidade e recebe um cartão, como desses que usamos pro ônibus, e tem bicicletas livres onde e quando quiser! Passa o cartão, retira a bike e entrega no ponto em que parar – ou no primeiro dentro de um limite de 30 minutos – assim evita que algum lugar fique desequipado e outro sobrecarregado.

E aí? Será que a moda pega? Será que funcionaria?? Será que o brasileiro ia aceitar que a bicicleta tá ali, livre pra usar, não precisa levar pra casa, esconder ou “garantir a sua”???

Por enquanto vamos nos contentando com uma faixa só nos domingos… e quem puder, por favor, mostre que ela é útil e usada… Já eu, vou confessar que por aqui nem bicicleta tenho, e se tivesse não conseguiria ir de casa para o centro!