Está planejando suas férias futuras e quer saber como viajar com milhas? Pois é pra explicar um pouco sobre esse universo que estou escrevendo esse post. Eu mesma não entendia bem como essa questão das milhagens funcionava até poucos anos atrás – hoje me considero muito milheira (juro, haha)!

Tanto que passei uma boa parte de 2019/2020 me concentrando em ganhar pontos suficientes para fazer uma viagem internacional pagando minha passagem com pontos. Mas aí veio a pandemia e… Todos sabemos como essa história continuou, né? Acabei não podendo fazer em 2020 a viagem que estávamos planejando. Mas meus pontos estão aqui, esperando a primeira oportunidade de viagem internacional segura.

E se você não entende muito desse assunto, aproveite esse momento para acumular milhas e pontos.

Enquanto ainda tá difícil planejar viagens internacionais, aproveite pra conferir também nossos posts recentes sobre nossa viagem aqui pelo Brasil: como encontrar casas incríveis no Airbnb e como é passear de veleiro em Paraty.

Como viajar com milhas

Para começar, existem muitos e muitos programas de milhas e pontos que podem ser trocados por passagens. A maioria das companhias aéreas tem os seus – a Latam tem o Latam Pass, a Gol tem o Smiles, a Azul tem o TudoAzul, por exemplo. Os bancos e instituições que emitem cartões de crédito também têm os seus – o Itaú tinha o Sempre Presente, que agora mudou pra Iupp. 

Cada um desses programas vai ter regras específicas e formas diferentes de ganhar mais pontos ou milhas – para descobrir as particularidades de cada um, é preciso ler as letrinhas miúdas. Mas vou tentar resumir por aqui para simplificar todo esse processo. Então vamos às dicas.

Cartão de crédito 

Uma das principais formas de acumular pontos (que depois virarão milhas) é via cartão de crédito. Se você nunca prestou atenção nisso, comece pesquisando qual o programa de pontos que seu banco/emissora de cartão oferece e se você já está inscrito. Se não estiver, se inscreva.

Depois disso, descubra quantos pontos por dólar gasto seu cartão te dá. Em geral, a medida é sempre por dólar mesmo que você só compre em reais. Pode ficar tranquilo que o banco mesmo faz esse cálculo aí pra você e te informa na sua fatura quantos pontos você acumulou. 

Isso varia de acordo com o tipo do seu cartão. Vou dar um exemplo usando a pontuação do Itaú, já que o cartão que eu uso é de lá. Um cartão Gold dá 1 ponto por US$ 1 gasto, enquanto um cartão Black dá 1,8 pontos por US$ 1 gasto. Você encontra essas informações nos sites dos bancos. 

Aí, é só concentrar seus gastos no cartão (com responsabilidade, hein?), assim você acumula mais pontos. É interessante usar um único cartão para acumular em um único programa de recompensas. 

Acelerador de pontos

Vários bancos também oferecem um serviço de acelerador de pontos – eu, por exemplo, uso. Basicamente, você paga uma porcentagem extra na sua fatura para ganhar mais pontos. Eu pago 2,5% da minha fatura para receber 2 pontos adicionais por dólar gasto. 

O que significa que se minha fatura fechou em R$ 1.000, eu pago R$ 1.025 e recebo 3,8 pontos por dólar gasto invés dos tradicionais 1,8 pontos que eu receberia sem o acelerador.  Você consegue conferir seu saldo de pontos acumulados nos sites ou apps do seu banco. 

Sites parceiros

A maioria dos programas de pontuações dos bancos tem também uma área de compras online que te dá pontos extras feitos se você fizer a compra por ali. O Iupp, do Itaú, por exemplo, reúne uma série de sites parceiros dentro da plataforma. 

Digamos que você queira comprar fones AirPods da Apple – você pode acessar o site da Iupp, finalizar a compra (que é no parceiro Magazine Luiza) por lá e ganhar 899 pontos. Se você pagar essa compra no seu cartão de crédito, você acumula ainda os pontos da sua fatura. Se tiver acelerador de pontos, eles aumentam ainda mais. 

Clubes de milhagem

Outra forma de acumular pontos dentro dos próprios programas das companhias áreas são os clubes de milhagem. Nesse caso, você paga uma mensalidade em troca de uma quantia específica de pontos. O Smiles, da Gol, tem opções que vão de R$ 39,90 ao mês até R$ 778 ao mês. O Latam Pass tem opções de R$ 42,90 a R$ 369,90. 

Cada clube vai te dar vantagens além dos pontos, como despacho de bagagem sem custo, acesso a salas vip e até passagens grátis. Pra mim, uma vantagem que sempre procuro nesses casos é se oferece pontos sem data de validade – assim você pode assinar por um tempo e usar seus pontos mais tarde. Eu já assinei por um tempo no ano passado, depois acabei cancelando. Dependendo do caso, acho vantajoso. 

Mas como meus pontos viram passagens?

Se você chegou até aqui nesse post (espero que tenha chegado haha), provavelmente ficou na dúvida pois eu falo de programas de pontos dos bancos e também das companhias aéreas. 

Pois bem, os pontos que você acumula nos programas de milhagem das companhias (Latam Pass, por exemplo), podem ser usados para trocar por passagens da Latam apenas. Já os pontos que você acumulou no seu programa de benefícios do cartão de crédito podem ser usados das seguintes formas:Você pode trocar por passagens dentro do próprio programa de recompensas – é só fazer seu login e buscar pelo destino e data que você procura. Lá vão aparecer várias opções de companhias e custos em pontos (em geral, essas trocas diretas não valem a pena – melhor focar na opção 2 aqui embaixo).

1. Transferir esses pontos para os programas de fidelidade das companhias áreas. Nesse caso, recomendo concentrar tudo no programa da companhia que você mais usa. Eu, por exemplo, costumo mandar meus pontos para o programa da Latam, Latam Pass. É só fazer o login no seu programa de recompensas e procurar a opção de transferência de pontos para o programa da companhia área.

2. No caso dessa segunda opção, é sempre interessante ficar de olho em promoções de transferência. Eu tenho os alertas dos aplicativos da Latam Pass ativados e aí eu fico sabendo quando consigo ganhar pontos extras na transferência – elas acontecem várias vezes ao ano e podem te dar até 80% mais pontos. Por exemplo, se tenho 5.000 pontos para transferir, eu aguardo uma dessas promoções – a última que peguei foi de 40%, então no fim acabaria com 7.000 pontos invés dos 5.000. 

Como viajar com milhas: voando

Depois de tudo isso, ainda temos mais uma forma de acumular milhas, que é justamente voando. Sempre ao comprar passagens (com dinheiro mesmo haha) lembre-se de preencher seu número nos programas de milhagem na hora do check-in. Se esquecer, pode cadastrar depois, contanto que você guarde o cartão de embarque para ter as informações necessárias. Você pode cadastrar qualquer voo que pegar, mesmo que você não tenha pessoalmente pago por aquela viagem – se você costuma se deslocar muito à trabalho, por exemplo, não tem problema que a passagem tenha sido paga pela sua empresa.

Ufa, acho que é isso! Se ainda ficou alguma dúvida, deixem aqui nos comentários que posso tentar responder, ok?