Se este quadro não tivesse que chamar Colaborões eu juro que colocava nele o título “Tal mãe, tal filha”. Assim como a primeira vez que eu colaborei aqui, hoje a minha mãe vem pra contar um infortúnio de viagem, regado a muita amnésia e déficit de atenção. É isso que vocês vão conferir logo mais. Mas primeiro, uma apresentação formal da mulher que mais viaja no Brasil, a agente de viagens mais experiente que você pode encontrar por aí, a responsável pelo meu espírito viajão: Dona Cinthia! Clap, clap, clap!!!

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Em abril deste ano, durante uma última viagem pra Disney, Orlando, Miami e um cruzeiro pelo Caribe no Maior Navio do Mundo (esta é uma história a parte), lá estávamos nós! Eu e meu marido fomos antes dos outros passageiros, todos felizes, enfim sós, sem filhas, sem mais ninguém, os dois pombinhos sozinhos para… aquilo que o casal mais gosta de fazer… compras!!!

Em Orlando o primeiro dia foi repleto de compras!!! Na véspera de ir para Miami pegar o navio fomos no parque da Universal Studios e no Islands of Adventure, que abriga o castelo do Harry Potter. Dois parques num dia só,  muito cansativo!

Depois deste dia cheio, chegamos no hotel, tomar banho e… shopping!!! À noite fomos num restaurante que queríamos conhecer há tempos, o Olive Gardens. Na saída, perguntei pra uma atendente até que horas o Walmart mais próximo ficava aberto e ela me disse que O WALMART NÃO FECHAVA!

Não restou dúvidas, foi das 11 e meia da noite as 3 da manhã… comprando! Chegamos no hotel e, depois deste dia exaustivo, fomos até as 5 da manhã arrumando as malas!

Mesmo sem dormir direito, no dia seguinte partimos pra Miami com o carro alugado para receber o resto do pessoal. O César, testanto o piloto automático, levou uma multa no caminho, US$ 256 pela velocidade de 88 milhas quando o máximo permitido era 70.

Absorvemos o prejuízo, melhor esquecer. Chegamos no Hotel Hilton, fomos para o aeroporto pra receber o resto do grupo e depois jantamos no Bayside – tudo isso com o sono acumulado e canseira triplicada.

Quando finalmente chegamos no hotel, tirei o dinheiro e coloquei numa gaveta, junto com outros guias dos parques, sem nem dar muita importância ao fato do hotel não ter um cofre. Eu só queria era dormir! O dia seguinte embarcaríamos para o Caribe!!!

Deixei apenas uma muda de roupa de fora. Dormi exausta. No dia seguinte acordamos e fomos direto para o porto.

Na hora de pegar o dinheiro para dar gorjeta ao carregador de malas… gelei, congelei, tremi, fiquei sem ação, não lembrava nem o número de telefone do motorista. E a cena se reproduziu na minha mente colocando cerca de mil dólares na gaveta!

Pagamos mais US$150 paro o transporte nos buscar e voltar até o hotel. Chegando lá as camareiras tinham acabado de passar por nosso quarto. Obviamente elas disseram que não tinham visto nada. O gerente não estava e íamos perder nosso navio.

Tivemos que ir, jurando que na volta faríamos justiça, ou pelo menos prestaríamos queixa.

Graças a Deus a viagem do navio foi toda excelente! Mais uma vez não tinha outra opção se não esquecer o prejuízo e aproveitar! Em outra ocasião vou escrever exclusivamente para apresentar o Allure of the Seas, no momento considerado o Maior Navio do Mundo.

Mas voltando para a cilada, ou para o hotel, chamamos o gerente, a polícia. E a única coisa que o policial disse foi “Se este hotel fez isso com vocês, porque voltaram pra ele??”.  Só voltamos para denunciar e porque já estava pago.

Espero que a minha história seja útil pra mostrar o que acontece quando uma pessoa, já distraída, fica quando está muito cansada e faz as coisas sem prestar atenção. Com certeza foi um deslize grande. Mas também para chamar atenção para este famoso Hotel Hilton, 4 estrelas, e sem cofre!!!! Além de tudo não deram a menor importância para nossa denúncia!

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Valeu mãe! Te amo! E mais uma vez obrigada por essa herança ma-ra-vi-lho-sa de esquecer tudo menos o que está grudado no pescoço!