São sete horas de diferença de fuso entre São Paulo e a ilha de Oahu, no Havaí. Então quando meu vôo, que estava cinco horas atrasado, aterrissou às 23h, horário local, eu estava praticamente uma zumbi de sono. Por isso, não reparei na beleza do trajeto entre o aeroporto e meu hotel. Nem no perfumado colar de orquídeas que recebi na chegada. Muito menos no oceano Pacífico, que eu nunca tinha visto e que estava logo ali do lado. Para compensar minha desatenção-provocada-por-jetlag, passei o dia seguinte em um tour ao redor da ilha – e vou te contar o que dá pra ver pelo caminho!

Sobre Oahu

Das oito ilhas do Havaí, sete são habitadas. Mas, como uma delas é particular, dá para visitar só seis. E uma das mais conhecidas é Oahu. É onde fica a capital, Honolulu, com a famosa praia de Waikiki, e onde acontecem campeonatos de surfe (que eu comento daqui a pouco). Confesso que passei pela cidade a caminho de Pearl Harbor, mas não a explorei muito. Ainda assim, é importante destacar que Honolulu tem uma boa oferta de hotéis e restaurantes e vistas incríveis.

Nu’uanu Pali Lookout

Desse mirante, dá pra ter uma ideia do que faz as ilhas do Havaí serem tão admiradas. Olha essas montanhas! Olha esse oceano! Venta muito lá, mas vale cada segundo por essa vista.

Montanhas cobertas de vegetação verde, com uma estrada que corta o morro. Ao fundo, o oceano Pacífico.
A umidade faz chover bastante nas montanhas da ilha. E a vegetação agradece…

Pearl Harbor

Talvez um dos locais mais conhecidos do Havaí é a base militar de Pearl Harbor, atacada em 1941, e que levou os EUA a se envolverem na Segunda Guerra Mundial. O local onde o USS Arizona afundou foi transformado em memorial e é possível visitá-lo. Os ingressos tem hora marcada e quantidade limitada (reservas aqui, em inglês), pois incluem um trajeto em barco. Por causa de reformas, não é possível desembarcar no memorial no momento, mas ainda dá para conhecer a baía. E na mesma área, fica o USS Missouri, onde foi assinado o acordo de paz com o Japão.

O memorial está fechado para reparos e é considerado também um local de orações

Hanauma Bay

Mesmo do alto, é possível ver como a água é transparente por aqui. Por isso, Hanauma Bay é um excelente lugar para snorkeling. Custa US$ 7,50 para entrar na reserva e dá para alugar equipamento de snorkel lá.

Tem pessoas fazendo snorkeling nessa foto. Consegue encontrar?

Diamond Head

A cratera de Diamond Head é visível de várias partes da ilha. E apesar da trilha até o topo levar apenas duas horas, a caminhada até lá é bastante íngreme.

North Shore

Do lado oposto da ilha a Honolulu, fica uma região conhecida como North Shore – e que você já deve ter ouvido falar por causa das ondas gigantes! Foi por causa delas, aliás, que eu tive vontade de conhecer esse lugar. Em abril, elas estavam pequenas – apenas quatro metros de altura. Mas é o trecho de costa onde grandes patrocinadores de surfistas mantém casas para que os atletas possam estar por perto para treinar quando as condições estiverem boas. Aqui – e em toda a ilha – é importante ficar atento às orientações de segurança dos salva-vidas. Afinal, se existe uma competição que acontece quando as ondas atingem constantemente seis metros, você imagina como o mar pode ficar agitado.

North Shore é o ponto mais famoso do surfe no Havaí. E isso são ondas fora de temporada…

Byodo-In Temple

O Havaí fica praticamente no meio do caminho entre os EUA continental e o Japão. E para comemorar os 100 anos da imigração japonesa no estado, foi construído o Byodo-In Temple, uma réplica de um templo budista que existe no Japão. Todo construído sem pregos, ele fica em uma área conhecida como Valley of the Temples, que é um cemitério (sim, assim como em Buenos Aires, estou recomendando um passeio em um cemitério…)

Apesar de não ser um templo budista completo, é bastante charmoso!

Waimea Valley e Dole Plantation

Não só de praia vive o Havaí. Dois passeios muito comuns na ilha de Oahu são para Waimea Valley e para a Dole Plantation. Em Waimea, dá para fazer caminhadas em um parque com cachoeiras. Já o outro passeio é uma visita às plantações de abacaxi da empresa Dole. Aliás, tem muito abacaxi por Oahu. Nos pratos, como acompanhamento, como lanchinho, na água… E muito café. Ou seja: uma Rachel bem feliz.

O que saber para planejar a viagem

O clima no Havaí é praticamente constante ao longo do ano, e é considerado “tropical”. Tem diferenças dentro da ilha de Oahu, com locais com mais chuva e outros mais secos. E até por causa disso, tem vários períodos de alta temporada ao longo do ano. Um deles é o inverno do hemisfério norte (novembro a fevereiro), pois é quando tem ondas maiores e, consequentemente, competições disputadíssimas de surfe. Já a baixa temporada vai do meio de abril até junho e de setembro até novembro. Isso, sem contar feriados dos EUA e eventos especiais, tipo temporada das baleias.

Eu fiquei hospedada no Aulani, um resort da Disney em Ko Olina, a meia hora de carro de Honolulu. E um dos melhores jeitos de se deslocar pela ilha é com um carro alugado. Isso porque, de uma ponta a outra, são 40 minutos pela estrada principal.

Lá é território estadunidense, então precisa de visto para entrar lá. Mas provavelmente, você terá feito escala em outro lugar antes, já que o Havaí fica no meio do oceano Pacífico. A partir de Nova York, são cerca de dez horas de vôo. Já o trecho mais curto é a partir da California: 5,5 horas. (Para referência, do Havaí até o Japão, são menos de sete horas de vôo)

Última dica bem importante é que o Havaí tem um controle forte de entrada e saída de frutas e flores. Afinal, lá tem um ecossistema muito delicado e encantador, e nós não queremos de forma alguma perturbar esse equilíbrio, né?