Você já deve ter ouvido falar que a Costa Verde do Rio de Janeiro tem paisagens deslumbrantes, né? E ela tem esse nome por causa da presença expressiva de Mata Atlântica nesse pedaço de litoral brasileiro. Agora, imagine desbravar praias incríveis de Paraty num passeio de veleiro?
Em muitos momentos, as belezas naturais chegam a lembrar o que se vê na costa da Tailândia. E não estou exagerando, não.
O passeio de veleiro
O anfitrião da casa que alugamos no meio da mata, pelo AirBnB, tem um veleiro e resolveu oferecer esse passeio pra gente. O dele fica ancorado na Marina Farol de Paraty – lugar privado, onde donos de centenas de embarcações particulares pagam pra deixar veleiros, iates e lanchas dos mais diversos modelos e tamanhos.
O veleiro
Chegamos cedo na marina (não a Fabri risos) para iniciar o passeio de veleiro. Aliás, o “nosso” veleiro (sim, foi nosso por algumas boas horas risos) tem três quartos, cozinha, dois banheiros e duas áreas de estar.
São 30 metros quadrados de área dentro e um oceano imenso pra explorar do lado de fora.
Contratando os passeios
Além de passear pela região velejando, dá também pra contratar passeios de um dia (ou mais) em diversas agências no centrinho de Paraty. Os valores partem de R$ 600,00 – caso você esteja em um grupo grande de pessoas, acaba valendo bastante a pena. Normalmente, a aventura é feita em escunas ou lanchas maiores.
É bom lembrar que também é possível contratar barcos privados diretamente com os barqueiros no cais perto da Igreja de Santa Rita. Nesse caso em específico, você decide o roteiro e pode visitar as ilhas e praias que quiser pela região de Paraty.
Em tempos de pandemia, ter um barco exclusivo pro seu próprio grupo acaba sendo bem mais seguro. E, ainda, há a possibilidade de conhecer os lugares enquanto estão mais vazios – antes dos grandes grupos levados pelas agências chegarem.
As principais ilhas
Nosso anfitrião, dono do veleiro, resolveu nos levar para conhecer dois dos principais destinos ao redor de Paraty: a Ilha da Cutia e a Ilha do Algodão.
Águas limpas e mornas (em muitos casos até quentinhas), mar com tons esverdeados e belas montanhas recortando e emoldurando as paisagens vão te fazer entender por que esse lugar da costa brasileira é tão procurado pelos turistas.
Ilha da Cutia
Depois de velejarmos (sem usar o vento, mas o motor do veleiro risos) por uma hora, mais ou menos, ancoramos a uns cem metros da Ilha da Cotia. Ali, nadamos um pouco em águas verdes e quentes. Então, decidimos nadar até a ilha.
O mar estava calmo. Ao chegar à areia, já percebemos grupos de turistas que também tinham ancorado ali perto pra explorar a pequena ilha.
Bastou atravessar de um lado pro outro pra encontrar uma praia de água ainda mais cristalina e com várias pedras decorando a paisagem. É o conhecido “Caixa d’aço da Ilha”.
O lugar é bom pra desconectar, curtir a natureza e tirar muitas fotos aproveitando o cenário deslumbrante.
Ilha do Algodão
Esta ilha é enorme (a maior da região) e excelente pra quem quer praticar o snorkeling – a famosa flutuação que te permite observar a vida marinha a poucos metros de distância (fizemos muito isso nas Filipinas, por exemplo).
Uma curiosidade é que não é possível descer nas praias da Ilha do Algodão. Seu barco sempre vai parar em alto mar, pra você mergulhar dali mesmo. E preste bastante atenção se estiver fazendo o passeio num dia mais nublado ou depois de chover: os golfinhos costumam passar por ali e podem te presentear com essa visita inesperada.
Paramos nela pra almoçar. Olhando da terra firme, a cor da água fica ainda mais surreal! É linda!
Subimos alguns degraus de pedra pra chegar a um restaurante recomendado pelo nosso anfitrião e que fica no topo da ilha.
O Restaurante do Hiltinho
O lugar é forte pelos pratos com frutos do mar (a “moqueca de peixe com camarão” e os “camarões à moda” são excelentes!), mas também tem opções com carne vermelha e saladas.
O suco de maracujá também é uma delícia! E tudo fica ainda mais saboroso quando se almoça de olho na incrível vista lá do alto.
Dica: perto da Ilha do Algodão, fica o Saco do Mamanguá – o único fiorde brasileiro! Fiorde é um pedaço de mar cercado por montanhas rochosas, o que é muito comum em países como Dinamarca e Noruega. O de Paraty é chamado de Fiorde Tropical, porque as montanhas não têm neve no topo
Fim do passeio de veleiro
Após o almoço, voltamos pra Paraty. Pouco mais de uma hora depois, ancoramos na marina novamente. Sim, estávamos cansados, afinal, foram mais de sete horas de passeio no veleiro, com muito sol a água salgada.
Mas a aventura também nos renovou! Saímos encantados e leves depois de tanto repetirmos: olha a cor dessa água!
Outros lugares recomendados
Nós só visitamos dois locais, mas os arredores de Paraty contam com muitas outras opções.
Também vale colocar no seu roteiro de barco paradas nas seguintes ilhas: Bexiga, Comprida (tem corais coloridos e águas muito cristalinas), do Pelado, das Duas Irmãs, do Catimbau e do Sossego.
É tanta beleza natural que nós já estamos planejando uma volta pra poder desbravar tudo isso.
Adorei muito seu roteiro de viagem, no Brasil tem muitos lugares maravilhoso mesmo,curti muito viajar de longe com vcs, mostra mais, está sendo maravilhoso receber suas dicas,e conta aí como foi experiência de velejar.
Carlos, que bom que vc curtiu. Estamos preparando mais dicas pra postar sobre nossa viagem por Paraty e Ubatuba. Velejar pelas águas de Paraty foi incrível. Mais uma experiência pra se guardar pra vida. Um abração!