Depois de 9 dias de viagem pelo Egito, chegamos a Luxor. A cidade fica no mesmo lugar onde era Tebas, a antiga capital egípcia, e foi a última parada do nosso cruzeiro pelo Nilo. Àquela altura, a gente já tinha se acostumado a se surpreender. E, como previsto, os templos de Luxor e de Karnak são simplesmente impressionantes. Um caminho de 3 quilômetros ladeado por cerca de 600 estátuas de esfinges liga os dois templos.

Luxor é considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco não só por causa dos templos, mas também por causa das tumbas dos Vales dos Reis, das Rainhas e dos Artistas. A cidade costuma ser ponto de partida ou parada final do cruzeiro pelo rio Nilo. Provavelmente, a visita aos dois templos com guia já estará inclusa no pacote do cruzeiro se você fechar com uma agência. É muita história em um só local, por isso, faz muita diferença ter a companhia de alguém especializado.

A Avenida das Esfinges vista a partir do templo de Luxor

Templo de Karnak

Esse templo é considerado o maior do Egito e, na verdade, é formado por diversos templos, salas e santuários construídos ao longos dos séculos. A partir de 1550 a.C., quando a região ganhou importância política e econômica, diferentes faraós começaram a contribuir para a expansão do pequeno templo dedicado ao deus Amun. Foram mais de mil anos de adições, ampliações dos espaços e construções de novos salões. Nem todos estão abertos para visitantes, mas você pode apreciar à vontade o Templo de Amon-Ra, um dos mais deslumbrantes.

É nessa área de Karnak que fica o Grande Salão Hipostilo, uma área com 134 colunas maciças, algumas com mais de dez metros de altura. E para ficar ainda mais lindo, ainda há pigmentos com as cores originais nas paredes e estruturas.

Templo de Luxor

O templo de Luxor funcionava, segundo o Governo do Egito, como o local central de cerimônias na cidade e, por isso, está voltado para o templo de Karnak. A construção começou no século 15 a.C. No século 13 a.C., Ramsés II ampliou a área central e construiu a entrada dos templos, incluindo dois obeliscos de 25 metros de altura.

Se você já esteve em Paris, é capaz que você já tenha visto uma parte do Templo de Luxor. Isso porque um dos obeliscos de Luxor foi presenteado à França e instalado na Praça da Concórdia em 1836.

Como ocorreu em muitos templos pelo Egito, a área do Templo de Luxor foi ocupada por diferentes povos ao longo desses cinco mil anos. E cada um deixou sua marca. Há afrescos romanos nas paredes, além de diversas marcações nas paredes de expedições de Napoleão Bonaparte. Uma mesquita permanece no local há cerca de 900 anos. O templo ficou coberto por areia por muito tempo também, e só foi escavado no século 19 d.C. Já a Avenida das Esfinges foi descoberta no século 20 d.C. e só terminou de ser escavada em 2021 (tem um vídeo de duas horas da cerimônia de reinauguração no YouTube, para quem se interessar).

Afresco ao lado de hieróglifos nas paredes do Templo de Luxor

Como visitar

Faz bastante calor no Egito, então os melhores meses para visitar Luxor são no inverno – entre outubro e março. Mas a gente foi em maio e deu para aproveitar os passeios (com muita água e roupas leves!). Por causa do calor, é comum que os guias levem os visitantes em um dos templos pela manhã e no outro, mais para o fim da tarde. Se você fechar o pacote com a agência de turismo, certifique-se que os ingressos para os templos estão inclusos. Tanto o Templo de Luxor, quanto o de Karnak abrem todos os dias e o ingresso custa 260 libras egípcias cada (cerca de 8 dólares – informações de setembro/2023). Lembrando que você precisa de dois ingressos!

Tem muita coisa para fazer em Luxor. Além dos templos na margem leste do rio, visite também a margem oeste do rio para passear de balão e conhecer a tumbas antigas. Há uma boa oferta de hotéis em Luxor, inclusive vários 4 e 5 estrelas com preços acessíveis. Aproveite para conhecer o mercado central, que fica perto da área dos hotéis. Aliás, nosso guia nos levou em um lugar especial para quem ama história: a Aboudi Bookstore, uma livraria aberta em 1909 pelo autor de um dos primeiros guias de viagem sobre o Egito.