Muita gente vai a esse país insular à procura do “reino perdido”. E não é exagero dizer que, em meio a tantas belezas naturais e belas praias, subir a Lion Rock no Sri Lanka aparece como uma das (senão a) principais atrações do pequeno país localizado ao sul da Índia.

Também pudera, a famosa Pedra do Leão impressiona pelo imenso tamanho – e fica a 370 metros de altura. Dessa forma, ela ergue-se sobre um rochedo de granito e rasga a gigante floresta em Sigiriya, a pequena e simpática cidade mais ao centro da ilha. Aliás, Sigiriya é a antiga capital cingalesa.

Como chegar a Sigiriya

Você pode ir de carro até lá (vale contratar um motorista pra cruzar o país) saindo de Colombo ou de Kandy, por exemplo. A viagem leva umas três horas partindo de uma dessas cidades. Assim, dá pra se programar e chegar à tarde, pensando em subir a pedra na manhã do dia seguinte: foi bem isso que fizemos.

Nosso hotel

Ficamos hospedados no Lakmini Lodge Sigiriya, hotel bem confortável e com uma equipe incrível e simpática. Valeu a pena! Inclusive, do terraço do hotel, tivemos a primeira e impressionante visão da belíssima pedra. É de cair o queixo! 😮

Na manhã seguinte, logo depois de acordarmos, fomos tomar café no hotel. Pra nossa surpresa, nos serviram o café numa espécie de “casa da árvore” e adivinha a vista que tínhamos? Já era uma forma de mentalizarmos e nos prepararmos pro que viria pela frente.

vista da Lion Rock
Vista do café da manhã!

Chegada e compra de ingressos

Assim que acabamos o café, seguimos de carro até a entrada da Lion Rock. Vale lembrar que a subida é por um lado e a descida é por outro. Então, nosso motorista Savin nos deixou no portão de entrada e foi esperar no estacionamento que fica bem na saída do passeio, após a descida.

Primeiramente, fomos comprar os ingressos. Você caminha alguns minutos e chega à bilheteria, dentro de uma casinha. Os tíquetes de entrada custam USD 30 por pessoa, ou 5.430 rúpias cingalesas (valor em novembro de 2018). Aliás, é importante saber que você pode pagar a entrada em dólares mesmo e receber o troco em dólares também. Isso facilita bastante!

Ingresso Lion Rock

E o mais importante antes de iniciar a subida: leve uma garrafa de água! Afinal, nos próximos 40 minutos (em média), você vai encarar 1200 degraus até o topo da Lion Rock e suar bastante.

O reino perdido 

A Pedra do Leão, em Sigiriya, foi construída pelo rei Kassyapa (477 – 495 D.C.) no século V. Funcionou como uma fortaleza durante o reinado dele. O palácio ficava no topo, de onde se podia ver, de longe, a chegada dos inimigos.

Do “leão” do nome só sobraram as patas que estão quase na chegada ao topo, após uns 30 minutos de subida.

Desde 1982, o sítio arqueológico do Sri Lanka é considerado Patrimônio Mundial da UNESCO.

A subida

Assim que a aventura começa, você já é presenteado com um ângulo novo e sensacional da pedra. Dali de baixo, já é possível ver, de longe, dezenas de turistas encarando a subida.

Vista de longe, da entrada do parque da Lion Rock

Os primeiros degraus são tranquilos. Mas o calor e a umidade do mês de novembro trazem um pouco de desconforto.

Dica: sempre que terminar de subir um lance de degraus, olhe pra trás. Você terá sempre um visual incrível da floresta que vai ficando cada vez mais longe, lá embaixo.

No meio do trecho de subida, chega uma das partes mais divertidas. Primeiro surge uma “parede espelho”. Ela foi tão bem lustrada e polida que dizem que o rei conseguia ver seu próprio reflexo nela. Confesso que tentei ver o meu, mas não consegui! (não pode tocar e nem fotografar a parede)

Em seguida, surgem duas escadas caracóis gigantes. Uma sobe, levando todo mundo até belas pinturas antigas na parede – que também não podem ser fotografadas – e a outra desce (sim, você também desce enquanto tentar chegar ao topo).

Na sequência, você sobe mais alguns muitos degraus e chega onde estão as patas do leão – o que era a entrada da fortaleza.

Por isso, agora falta pouco. Dividindo espaço com macacos que tentam abrir suas sacolas e bolsas em busca de comida (cuidado!), você vai subir os últimos lances. Aqui, as escadas são de ferro e íngremes – construídas especialmente pra levar os turistas até o topo.

Pata do leão na Lion Rock
Uma das patas do leão

O impressionante topo

Ao chegar lá em cima, segure seu queixo novamente. A vista panorâmica da floresta ocupando cada pedaço em torno da rocha é espetacular! Prepare-se pra tirar muitas fotos e contemple sem pressa, por quanto tempo quiser, ainda mais depois de todo o esforço, né?

Visual do alto da Lion Rock

A média de tempo pra subir é de uns 40 minutos, mas pode até ser menor se você não ficar parando pra tirar muitas fotos no meio do caminho como eu fiz 😛

No topo do sítio arqueológico, onde ficava o palácio, não tem mais qualquer estrutura montada – apenas as fundações. Mesmo assim, vale caminhar por todo o lugar e até admirar a antiga piscina que, certamente, refrescava a realeza num lugar bem privilegiado.

Piscina da Lion Rock

Hora de descer

A descida é feita quase inteira por outro caminho, tanto é que você praticamente nem cruza com quem está subindo. 

Início da descida
O início da descida.

Só acho que faltam algumas placas, mais perto do chão, indicando o local exato do estacionamento – onde nosso motorista nos esperava. Tivemos que perguntar várias vezes o caminho.

Após passarmos por algumas lojinhas de souvenir, fomos embora. Cansados, com sede, com fome, mas nos sentindo reis por um dia! Pelo menos, a belíssima vista de um reino nós pudemos contemplar, né? 😉

Cansados após subida na Lion Rock
Após subirmos, registramos o cansaço no reencontro com o motorista Savin