O país tem tudo o que um viajão aventureiro mais ama: praias paradisíacas e natureza exuberante. Mas, então, o que saber antes de ir à Tanzânia para não passar por (tantos) perrengues e aproveitar tudo o que este país africano tem de melhor? Vou te ajudar nessa árdua missão, ainda mais porque também tive muitas dúvidas e, claro, várias dificuldades quando comecei a planejar a minha.
Tire o visto
A Tanzânia é um país que exige visto para a entrada de brasileiros. Por isso, você tem duas opções: pegar uma fila imensa ao desembarcar fazer o visto na hora, ao desembarcar no aeroporto, ou emitir on-line, do conforto de sua casa. A emissão de ambos custa US$ 50 por passageiro.
Escolhi a segunda opção, com pagamento no cartão de crédito, mas fique atento! O visto on-line demora uns dez dias ÚTEIS pra ser emitido e enviado ao seu e-mail. Calcule bem seu prazo para pedir com antecedência.
Basta clicar aqui e preencher tudo no site, colocando uma foto sua de rosto também. Tudo está em inglês. São perguntas simples e em dez minutos você terá enviado o formulário, aí basta aguardar a resposta por e-mail. O visto terá validade de 90 dias a partir da data de entrada no país.
Decida como chegar
Não existem voos diretos do Brasil para a Tanzânia. Por isso, é essencial que você pense bem por onde vai fazer a conexão para desembarcar por lá. São destinos como Dar es Salaam (maior cidade do país), Zanzibar (a ilha de praias paradisíacas onde nasceu Freddie Mercury) ou Moshi (cidade aos pés do Monte Kilimanjaro, de onde é fácil se organizar para fazer os famosos safáris).
Siglas dos aeroportos para você buscar voos
Dar es Salaam: (DAR)
Zanzibar: (ZNZ)
Moshi: (JRO)
Quando você pensa em como planejar uma viagem para a Tanzânia, uma das maneiras mais simples de se chegar lá é voando de São Paulo até Joanesburgo, na África do Sul, num voo direto de mais ou menos nove horas de duração. Então, de lá, escolher outro voo para um dos destinos que citei acima.
A nossa rota foi voar até Joanesburgo e, de lá, pegar um voo direto para Zanzibar, que dura pouco mais de três horas. Mas atenção: este voo direto só sai de Joanesburgo aos sábados à noite ou às terças de manhã.
Escolha os lugares que quer conhecer e se atente à logística
Zanzibar
Imagino que, ao decidir planejar uma viagem para a Tanzânia, você queira conhecer Zanzibar e também fazer safáris, certo? Pois tudo isso foi o que nos motivou a ir até o belo país africano. Começamos nosso roteiro desbravando dois pontos da ilha natal de Freddie Mercury por quatro dias inteiros.
Para curtir praias, escolhemos ficar na região mais procurada pelos turistas, ao norte da ilha: Nungwi. As águas são azuis e as areias, branquinhas. Vale passar umas três noites curtindo a vibe e relaxando por ali. Chegou até a me lembrar algumas praias das Filipinas…
Depois, optamos por encerrar a visita a Zanzibar mais ao centro, na famosa Stone Town, onde ficamos uma noite. É gostoso para caminhar pelas lojinhas, conhecer bons restaurantes e visitar a casa onde Freddie Mercury morou nos primeiros anos de vida. Uma delícia de lugar.
Parque Nacional de Serengeti
Então, pegamos um voo direto de Zanzibar para o Parque Nacional de Serengeti (duração de umas três horas ao todo, com conexão), que fica no norte do país e ao sudoeste do Quênia. Vale saber que o parque é imenso e famoso pelas migrações anuais de gnus, zebras e gazelas, principalmente entre maio e junho. Em outras palavras, o Serengeti é o santuário de vida selvagem mais conhecido do mundo, por isso deve ser parada obrigatória na sua ida à Tanzânia.
Planeje sua viagem para a Tanzânia:
Organizando um safári e quanto custa a aventura
Como é um dia de safári no Parque Nacional de Serengeti
Qual região escolher
Enfim, como o Parque tem quase 15.000 km² de área, você precisa decidir em que região (ou regiões) dele vai querer se hospedar. Nós ficamos em Seronera, mais ao sul, por isso o voo de Zanzibar (ZNZ) tinha como destino a pista de pouso de Seronera (SEU – no código de aeroportos). Mas atenção: o avião pousa no meio do parque mesmo (da selva!) e não existe algo com uma estrutura completa que conhecemos como a de um aeroporto.
É tudo “roots”, por isso, quando reservar um hotel perto da região que você quer ficar, combine com eles um transfer até sua hospedagem. Isso porque não tem táxi para te levar e nem dá para ir a pé. Ou seja, você estará na selva e imagino que não vai querer esbarrar com os bichos sem estar oficialmente fazendo um safári, né?
Importante saber:
São cobradas taxas diárias extras, por pessoa, para visitar o Parque (US$ 82,60) bem como, por noite, por pessoa, para ficar hospedado em hotéis dentro do Serengeti (US$ 70,80). Foi o nosso caso. Por isso, já considere esses valores no seu orçamento, multiplicando pelo número de dias e prestando atenção se o hotel que você escolher fica dentro ou fora da área do parque.
(valores de março de 2024)
Cratera de Ngorongoro
Depois de fazer um dia de safári no Serengeti, fomos num carro contratado com o nosso hotel até a Cratera de Ngorongoro para fazer mais um safári. A viagem dura umas três horas numa estrada de terra, ainda mais que chacoalha bastante. A Cratera é um dos principais destinos naturais da Tanzânia e reúne uma infinidade de espécies animais. Para entrar e descer a Cratera de carro, além da taxa por pessoa, ainda é preciso pagar um valor de US$ 295 por carro.
Na sequência, nos hospedamos num hotel próximo dali, na cidadezinha de Karatu, por uma noite.
Moshi e Monte Kilimanjaro
Assim, com o mesmo carro, na manhã seguinte, seguimos com o motorista até a cidade de Moshi, aos pés do imponente Monte Kilimanjaro. Foram mais umas cinco horas de viagem por estradas já de asfalto, mas na sua maioria, de pistas simples.
Depois, entre paradas em lojinhas de souvenirs, chegamos ao hotel (pousada) escolhido em Moshi. Antes de mais nada, saiba que a cidade é de pequeno pra médio porte e é um ponto escolhido por quem quer conhecer o pico mais alto da África e, quem sabe, subir o Kilimanjaro.
Não fizemos nem um, nem outro. Como ficamos apenas 24h na cidade e São Pedro não colaborou, não conseguimos ver a imponente montanha. Ela ficou coberta todo o tempo por nuvens, apesar do sol brilhar em alguns pontos da cidade. Uma pena, quem sabe numa volta o Monte Kilimanjaro estará menos tímido, né?
Orce os safáris nos hotéis onde você ficará hospedado
Ao decidir pela região do Serengeti e, consequentemente, escolher o hotel onde se hospedará, já mande uma mensagem para a equipe perguntando sobre os famosos “game drives”, os safáris. Fica muito mais fácil e prático fechar com eles. Na verdade, você pagará pelo aluguel do jipe de safári, por dia.
No nosso caso, ficou US$ 200 por dia para quatro pessoas, com um motorista que nos acompanhou e levou até o último destino. Desde já, lembre-se que, nesse valor, não estão incluídas as taxas diárias dos parques por pessoa, hein?
Negocie! Tente, inclusive, orçar com outros hotéis nas redondezas, mesmo se não for se hospedar lá. É possível e já dá para ter uma noção de valores para você barganhar e não ser explorado.
Contrate os transfers com antecedência
Antes de mais nada, para evitar ficar na mão, faça esse orçamento e contrate os transfers e safáris de que precisar com uma antecedência de, pelo menos, três semanas. Em alguns casos, os hotéis demoram pra enviar uma resposta e a negociação fica truncada. Eu sugiro que você comece os contatos, no mínimo, um mês antes de viajar.
Faça tudo com calma porque, logo em seguida, uma viagem inesquecível estará prestes a acontecer e tudo precisa dar certo, com o mínimo de perrengue possível.
A apresentação é conteúdo do roteiro está perfeita, bem objetiva e da uma noção de quanto é o investimento! Que todas as viagens do xoia vire um roteiro.
Que bom que gostou, Leandro. Esperamos ajudar sempre compartilhando nossas histórias de viagens! \o/