Ok. Você leu as informações gerais sobre o Grand Canyon, sabe que quer visitá-lo, avaliou o roteiro da viagem, o orçamento e percebeu que o único jeito é fazendo o passeio bate-e-volta de ônibus saindo de Las Vegas. Beleza! O importante sempre é a gente fazer a viagem que funciona para nós. Então coloque o cinto de segurança (tem cinto nesse ônibus, já aviso) que eu vou te contar como foi minha experiência no tour de um dia no Grand Canyon.

Panorâmica das rochas coloridas do Grand Canyon.

Reservas

Hoje em dia, é possível reservar o passeio com antecedência. Dessa forma, é mais seguro que conseguirá as datas desejadas e, até mesmo, algum desconto por ter feito antes. Fique atento aos prazos para cancelamento, que podem ser 24 ou 48 horas antes do dia do passeio. Outra opção é checar na reserva do hotel se eles têm alguma agência parceira que realiza esses tours. Ou então, ver os preços nas cabines que ficam no térreo dos hotéis (e uma dica: em geral, você não precisa estar hospedado no hotel para usar as booths das agências).

Fizemos a reserva no primeiro dia em Las Vegas, em uma das agências disponíveis no hotel. Uma pesquisa em agências mostra que o preço atual do passeio custa a partir de 75 dólares (junho/2021). Comparamos valores e datas disponíveis e marcamos com um tradicional – ônibus grande, ida-e-volta, lanche simples. Escolhemos visitar o South Rim, dentro do Grand Canyon National Park. Uma opção mais perto de Vegas é visitar o West Rim.

Embarque no ônibus e lanche

Um shuttle que estava incluso na reserva nos buscou no hotel (ele tem alguns pontos determinados na Las Vegas Strip e nosso hotel era um deles) e nos levou até o ponto de encontro de onde sai o ônibus. Não estava muito cheio e consegui ficar numa fileira toda pra mim. Estava com um casal de amigos, que ficaram na fileira de trás. Recebemos um kit com um sanduíche, suco, iogurte, fruta e biscoitos que serviriam de café da manhã e de lanchinho na viagem de volta. A viagem dura cerca de 6 horas de ida,  considerando as paradas, e quatro horas na volta.

Caixa com lanche, maçã, salada e pacote de biscoitos.
Por que tirei foto do lanche na época? Não sei. Mas foi muito útil para esse post. haha

Antes de chegar ao Grand Canyon

A primeira parada depois de sair de Las Vegas é na Hoover Dam, uma represa no rio Colorado na divisa entre os estados de Nevada e Arizona. É uma parada rápida, de uns vinte minutos, mas o cenário é lindo. Alguns passeios incluem tour guiado pela hidrelétrica, mas não foi o nosso caso.

Lago entre rochas na Hoover Dam.
A linha branca que marca o lago na Hoover Dam indica o quanto o nível d’água baixou desde a construção da represa

A continuação do passeio foi até um trecho da Route 66. E aqui, vou ser bem honesta: teria dispensado essa parada para ter mais tempo no Grand Canyon. Primeiro porque essa famosa estrada termina em Santa Monica, então é fácil de tirar foto no letreiro se você estiver em Los Angeles. Segundo, porque a cidadezinha onde paramos é bem turística e não foi uma visita decente ao local. Mas confesso que me senti um pouco no filme Carros (quem aí já viu Carros?) Enfim, parada na histórica Route 66: Check.

Placa na beira da estrada que diz: História US 66.

No South Rim do Grand Canyon

Chegando ao parque nacional, o ônibus nos deixou em um local específico para embarque e desembarque, em um centro de visitantes. O guia nos orientou até onde era possível ir e voltar dentro das cerca de duas horas que tivemos ali, dependendo do que você quisesse ver – e do quanto quisesse caminhar também. 

Selfie da Rachel em frente ao Grand Canyon.

E desde o primeiro momento que a gente viu aquela paisagem, eu sabia que tinha valido a pena ir e que também que valeria a pena voltar um dia com calma. Eu comentei no texto mais geral que a vista é deslumbrante, mas é muito difícil descrever a paisagem. São cânions até perder de vista. É impossível saber a dimensão daquela paisagem. Tudo parece incrivelmente perto e longe ao mesmo tempo. A gente conseguia ver a chuva em uma parte e parecia ser uma tempestade. Mas onde a gente estava caminhando, estava ensolarado. Exceto quando batia um vento gelado que nos fazia vestir os moletons.

Poderíamos ter ficado dias ali, mas o tempo que o passeio permitia era bem mais curto. Então logo já era hora de voltar para o ônibus e dormir na poltrona encarar as quatro horas de volta para Las Vegas. Chegamos por volta das 21h ao estacionamento, de onde fomos tomar banho (necessário depois da longa viagem) e jantar – e sonhar com uma nova ida ao Grand Canyon.