Se você leu esse meu post aqui, já sabe que sou uma fã da Ilha do Mel, né? Pois bem, hoje é dia de falar sobre um destino que fica ali pertinho, também no litoral do Paraná – a ilha de Superagui. Diferentemente da Ilha do Mel, que hoje em dia tem uma super estrutura, Superagui é mais roots.

A ilha tem poucos moradores e a atração principal nesse caso é a natureza mesmo. Então se você está buscando um local tranquilo, para descansar, caminhar e não liga muito para luxos (afinal, não tem ar condicionado e nem sempre o 3g funciona – só alguns locais tem wifi), Superagui é uma ótima opção.

Trapiche de chegada em Superagui.

A ilha de Superagui

A ilha de Superagui faz parte do Parque Nacional de Superagui. Este, por sua vez, engloba também a Ilha das Peças, a Ilha do Pinheiro, a Ilha do Pinheirinho, o Canal do Caradouro, o Vale do rio dos Patos e uma parte da cidade de Guaraqueçaba (já no continente). Todas as ilhas são parte do município de Guaraqueçaba mesmo.

A área do parque chega a 34.000 hectares e ele foi declarado pela Unesco como Reserva da Biosfera e Patrimônio Natural. Isso porque lá vivem uma série de animais, incluindo alguns ameaçados de extinção, como o mico-leão-da-cara-preta, o papagaio-chauá, o papagaio-da-cara-roxa e o jacaré-do-papo-amarelo. Além disso, nessa região há baías, praias, restingas, manguezais e formações de Floresta Atlântica.

Como chegar

Para chegar em Superagui, é preciso pegar um barco em Paranaguá – ou seja, você precisa chegar lá de carro ou ônibus. Para quem vai de carro até Paranaguá, há várias opções de estacionamento na cidade. De lá, os barcos saem do trapiche que fica na Rua da Praia, atrás do restaurante Danúbio e há duas opções. Os barcos grandes costumam sair de segunda a sábado às 14h30 – a viagem dura cerca de 2h e custa R$ 25. Já as voadeiras costumam fazer o mesmo trajeto em cerca de 40 minutos e a viagem custa de R$ 80 a 100 por pessoa (tem que negociar com eles!). Nesse segundo caso, os horários podem ser combinados diretamente com os barqueiros.

Pessoalmente, recomendo sempre fazer o trajeto de voadeira. Além de mais rápido, tem bem menos chance do barco quebrar. Os barcos grandes são antigos – já peguei um uma vez e acabamos fazendo o trajeto em quatro horas. O motor do barco pifou e ficamos duas horas a espera do resgate.

Atenção: as informações sobre os barcos são da Prefeitura de Guaraqueçaba. Mas esse post está sendo escrito ainda durante a pandemia, então é preciso confirmar os horários e valores dos barcos antes – acredito que só as voadeiras estejam funcionando no momento. Para mais informações, falar com Cézar no (41) 3482-7131 ou (41) 9806-0119; Jacó no (41) 3482-7146 ou Rone no (41) 3482-1249.

Onde ficar

Superagui tem várias pousadas e campings. Mas, como já comentei, lembre-se de que esse é um rolê mais rústico. Você não vai encontrar pousadas com ar condicionado ou piscina, por exemplo. A maioria das hospedagens é mais simples mesmo. A que eu mais gostei e recomendo é a Sobre as Ondas – fica na cara da praia, o restaurante é bom e tem bicicletas para quem quiser alugar.

No auge do verão, o litoral paranaense é muito quente (quem já foi a Morretes em janeiro sabe bem kkk), então se você for nessa época, eu recomendo fortemente ficar em pousadas que fiquem de frente para a praia mesmo. Caso contrário, os quartos ficam muito quentes.

O que fazer em Superagui

Basicamente? Descansar. Na maior parte do tempo, Superagui é uma ilha muito tranquila, com quilômetros e quilômetros de praia praticamente deserta. A água é calma e morna. Além disso, dá para andar pela orla a pé ou de bicicleta. Tem também algumas trilhas para explorar, como a da Praia Deserta, que fica alguns quilômetros depois do fim do vilarejo. Ela pode ser feita tanto pela mata como pela orla da praia mesmo.

Há também várias opções de passeios que saem de Superagui e passam pelas ilhas próximas ou até por cachoeiras que tem por ali. Além disso, aproveite também para comer nos restaurantes locais – a comida é caseira, muito gostosa e, em geral, barata. Se você gosta de frutos do mar, melhor ainda! A ilha também tem um bar, o Akdov, onde as pessoas se reúnem à noite para tomar uma Catuaba (kkk sim!) ou cataia.

Um frequentador do Akdov.

Para terminar, uma das melhores coisas a se fazer na ilha: deitar na areia à noite para observar o céu. Como não há muitas luzes no vilarejo, o céu é límpido, dá para ver muitas estrelas. Eu amo! Ah, lembrando: em feriados (especialmente Carnaval e Ano Novo), a ilha pode ficar bem cheia. Se seu intuito é fugir das aglomerações, prefira outros feriados ou finais de semana.

E aí, quem já conhece Superagui?