Está planejando uma viagem e quer saber o que fazer no Sri Lanka? Pois seus problemas acabaram (haha). Nesse post, vou detalhar tudo que fizemos por lá em uma semana. O Sri Lanka é um país relativamente pequeno e dá para ver muita coisa interessante mesmo com poucos dias.

o que fazer no sri lanka
Viagem de trem entre Ella e Kandy: as portas e janelas são disputadas para fotos.

Além disso, é a dobradinha perfeita caso você vá ou tenha ido à Índia, já que os países ficam super próximos um do outro e há bastante opções de voos. Para ver tudo sobre o nosso roteiro e nossa viagem para a Índia, clique aqui

O que fazer no Sri Lanka

Nós chegamos ao Sri Lanka vindos da Índia, onde tínhamos passado 13 dias. Nossa viagem por lá foi intensa e bem cansativa, por isso chegamos no Sri Lanka com o roteiro meio em aberto. Sabíamos mais ou menos o que gostaríamos de ver, mas fomos montando ali na hora a rota e deu tudo certo. Aqui embaixo vocês conseguem ver melhor por onde passamos:

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Tem MUITA coisa interessante para ver e fazer no Sri Lanka. Eu mesma queria muito conhecer a Reserva Nacional Yala, mas acabamos não conseguindo incluir nesse roteiro. Para facilitar, fizemos basicamente um círculo, saindo e chegando praticamente no mesmo lugar. Dá para ver melhor no detalhe aqui embaixo. 

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Só chegamos e saímos do país de avião. O restante dos trajetos fizemos de carro ou trem. Explico melhor no detalhamento abaixo. Espero que seja útil – lembro que na época em que fomos era difícil encontrar informações!

Dia 1: Chegada

Saímos de Varanasi, na Índia, por volta das 12h30 e aterrissamos às 16h em Colombo, capital do Sri Lanka. Pegamos um voo direto mesmo, porque consideramos a melhor opção.

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Nas pesquisas prévias que tínhamos feito sobre o país para montar nosso roteiro, muita gente dizia que Colombo era uma cidade para uma parada rápida, pois não tinha muitos atrativos. Mas logo que chegamos, a gente constatou o contrário: adoramos a vibe da cidade.

Para quem tinha acabado de sair da caótica Varanasi, Colombo é tranquila e muito organizada. O centrinho é super movimentado e a oferta de restaurantes é enorme. Além disso, há por lá muitos templos e mercados que não conseguimos conhecer. Se fosse novamente, reservaria mais um dia ou dois por lá com certeza.

Dia 2: Colombo

Começamos o dia indo para o Centro da cidade. Já que teríamos pouco tempo em Colombo, escolhemos conhecer uma das mesquitas mais famosas, a Mesquita Vermelha. Ela é grande (cabem cerca de 10 mil pessoas lá dentro) e uma das mais antigas da cidade. Além disso, a arquitetura e pintura branca e vermelha são irresistíveis.

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Infelizmente só homens podem circular pela mesquita e conhecer as salas de oração. Pelo menos eu pude ficar no saguão principal e observar um pouco do monumento por dentro. É interessante mesmo assim. Ah, dentro da mesquita é preciso usar um traje específico, que é longo e tem as mangas longas também. Eles emprestam gratuitamente na entrada. 

Depois da visita, já fomos encontrar nosso motorista para partir para Mirissa, onde chegamos à noite.

Nesse dia também aproveitamos para negociar com as agências de turismo local os serviços de um motorista. Não recomendo fazer isso no mesmo dia – mandamos mensagens de manhã para os Instagrams das agências e nossa intenção era sair ao meio dia. Ou seja, super apertado.

Negocie com uns dias de antecedência que provavelmente você conseguirá um preço melhor. Fechamos com a Ramani Tours e pagamos US$ 45 por dia para o motorista. O total foi US$ 270 por seis dias (sábado a quinta). Os valores são de novembro de 2018. 

Nesse valor estão inclusos o serviço dele, o carro com ar condicionado e gasolina, refeições do motorista e pedágios. A contratação de motorista para circular pelo país é mega comum no Sri Lanka, por isso a maioria dos hoteis já tem dependências também para eles. Caso algum hotel que tivéssemos reservado não tivesse quarto para motorista, precisaríamos pagar US$ 10 extras por noite para ele. 

Dia 3: Mirissa

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Como havíamos chegado no dia anterior à noite, acabamos só saindo para jantar mesmo. Só fomos conhecer a cidade e a praia neste terceiro dia. E que praia! Mirissa tem água transparente e é muito tranquila, quase uma praia deserta. Por lá, dá para subir na Parrot Rock, uma pedra da qual você tem uma visão privilegiada da praia. Ou só relaxar na água e na areia mesmo.

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Curtimos a praia pela manhã, fizemos uma pausa para o almoço e já partimos para um bate e volta a Galle. Galle era a principal cidade portuária do país no século XIV – e nos séculos seguintes foi fortificada portugueses e holandeses. É tudo muito preservado e bonito, separe algumas horinhas para explorar. Se tivesse tido mais tempo, inclusive, até seria legal ter passado uma noite por ali para ver melhor as atrações da cidade. 

Dia 4: Ella

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Quase um ‘Onde está o Wally’: eu e Xóia lá embaixo.

Nesse dia, partimos de manhã de Mirissa com direção a Ella. Esse trajeto é bem bonito e dá para parar para ver algumas cachoeiras, como a Ravana Falls. Depois, voltamos aos nossos objetivos principais em Ella. No caso,  conhecer a Ponte dos Nove Arcos (Nine Arch Bridge) e pegar o trem que tem a fama de fazer a rota mais bonita do mundo. Essa rota é entre Ella e Kandy.

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Assim que entramos na cidade, já fomos direto conhecer a ponte. Você pode fazer uma trilha (asfaltada) para conseguir vê-la lá de cima. É íngreme, mas rápido – uns 20 a 30 minutos. De lá, você pode também descer por outra trilha (sem asfalto, só lama haha) para chegar até a ponte mesmo. É meio perrengue, tem que ir com calma. Especialmente se você estiver usando chinelos, como nós estávamos haha. Mas nada impossível, aos poucos dá certo. E vale a pena, a ponte é impressionante. 

Na saída, fomos direto comprar a passagem de trem para o dia seguinte. E só encontramos disponíveis lugares na terceira classe, então foi o compramos. Cada passagem custou cerca de US$ 2,20 e o vagão não tem ar condicionado. 

Dica: no Café Chill você pode provar um dos pratos mais tradicionais da culinária cingalesa, o Lamprais. Basicamente é carne, arroz, ovo e outros acompanhamentos temperados com curry, embrulhados na folha de bananeira e assados assim.

Dia 5: Trem

Às 9h20 em ponto o trem que nos levaria a Kandy parou na estação de Ella. A estação, inclusive, até parece cenário de filme, de tão bonitinha. Deixamos nossas malas com o motorista, que nos encontraria direto na estação de Kandy, e entramos no nosso vagão.

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Como estávamos na terceira classe, os vagões eram simples – e, claro, fazia muito calor. Mas as janelas e portas são amplas, o que ajuda bastante. Esse trajeto é realmente muito bonito, cheio de plantações de chá e muito verde. Porém demora. Mas demora muuuito. Mais precisamente: quase sete horas.

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Honestamente, não sei se recomendo fazer o trajeto completo se você, como nós, tiver contratado um motorista. Poderíamos ter descido em alguma outra estação e aproveitado mais nosso dia, sabe? Ou pego um trem mais tarde, pois Ella é uma cidade muito fofa e eu gostaria de ter visto mais. Como meio de transporte mesmo, aí sim sem problemas. 

Chegamos em Kandy às 16h e fomos só dar uma volta e jantar pela cidade (confesso que não curti muito Kandy, não!). 

Dia 6: Kandy

Na manhã desse dia, aproveitamos para conhecer dois templos importantes que ficam em Kandy. O primeiro deles é o Sri Dalada Maligawa, também conhecido como Templo da Relíquia do Dente Sagrado. É um templo budista que abriga um dente de Buda e, por isso mesmo, é local de peregrinação. O que quer dizer: é muito lotado. Mas MUITO.

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Lá dentro do templo não é permitido fotografar.

A gente não sabia, mas em três horários do dia (das 5h30 às 7h, das 9h30 às 11h e das 18h30 às 20h) é possível ver a urna onde o dente está guardado (não o dente!). E nós chegamos bem num desses horários. De verdade, não era possível se mexer na escada que dá acesso à área do dente. Logo, recomendo paciência ou então visitar nos outros horários, onde é possível ver melhor o templo. O ingresso custa cerca de US$ 8.

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De lá, fomos para o Bahirawakanda, um templo que fica no alto da montanha e abriga uma estátua enorme de Buda. Olha, que maravilhoso! Recomendo porque é bem bonito – e muito mais tranquilo. A entrada custa cerca de US$ 1,50. 

Depois das visitas, pegamos a estrada novamente com destino à Sigirya. Chegamos à noite e também só aproveitamos para jantar e conhecer as redondezas. 

Dia 7: Sigirya

Sigirya, ou Lion Rock, é uma das principais atrações do Sri Lanka. Basicamente ela é uma pedra com 370 metros e 1200 degraus. Lá em cima ficava um palácio (construído no século V!) e o local era usado como fortaleza. Não vou entrar em muitos detalhes por aqui porque temos um post exclusivo sobre Sigirya aqui no Viajão – só clicar para ir para lá.

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Mas vou aproveitar para dar um pequeno depoimento enquanto pessoa que tem muito medo de altura (vai que ajudo alguém haha). Confesso que estava receosa do que ia encontrar ao chegar lá, fiquei tensa já no dia anterior, ao avistar a pedra (que é mesmo muito alta). Tudo que tinha lido até então, em geral em blogs gringos, dava a entender que a subida era difícil e perigosa. 

Chegando lá, subi numa boa, de verdade. Claro, é cansativo (além de tudo, o clima é muito quente e úmido). Mas sinto que já subi em monumentos mais perigosos na vida haha. Como os templos em Bagan, no Mianmar, e alguns no Camboja. Se você também tem medo ou vertigem de altura, pode ir tranquilo, achei super seguro. 

Tchau, Sri Lanka 🙁

De Sigirya, fomos direto embora até Negombo, nossa última parada no país. O aeroporto internacional fica ali pertinho, então só aproveitamos para jantar num restaurante na beira da praia, assistir nosso último por do sol, tomar a última cerveja no Sri Lanka e partir. De lá, fomos direto para Koh Samui, na Tailândia, mas isso é assunto para outro post

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