Eu desembarquei do trem exausta, não sabia onde pegar o metrô, saí da estação no sentido errado, puxei minha mala pesada por três quarteirões antes de perceber que tinha que ir no outro sentido, quase fui atingida por um ciclista e, quando finalmente cheguei no hostel, pensei: “que cidade linda!” Encantar-me com Copenhague, na Dinamarca, foi assim fácil. A cidade é colorida, organizada, histórica e memorável. E com apenas três dias, dá para conhecer alguns lugares incríveis. Olha só!

Dia 1 – Copenhague a pé

O porto Nyhavn é um dos cenários mais clássicos de Copenhague. Então por que não começar por lá? Curta as casinhas coloridas ao longo do canal, incluindo a nº 20, onde o escritor Hans Christian Andersen (aquele dos contos de fadas…) morou.

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Aproveite e embarque em um dos passeios de barco pelos canais no próprio Nyhavn, ou então vá ao porto da Ved Stranden (85 DKK, cerca de €11). O passeio dura cerca de uma hora e dá uma volta pelos principais pontos da cidade, com a vista privilegiada do meio da água. Depois, passeie pela Strøget, uma rua de compras que tem desde lojas caras até… bom, lojas caras. Mas dá para curtir bem a área, que é exclusiva para pedestres.

Ali pertinho fica a Rundetaarn, um observatório construído no século 17 com vistas lindas da cidade (25 DKK, cerca de €3). Você sobe por uma rampa até quase o topo, e completa a subida por uma escada estreita. Tem um pequeno chão de vidro, mas nada como o de Bangkok.

São duzentos metros de subida na torre. Mas ainda achei melhor que as escadas…

Depois, atravesse o Kongens Have (onde tem uma das estátuas em homenagem ao H.C. Andersen) até o Castelo Rosenborg. Além dos jardins serem lindos, é possível comprar ingresso para conhecer os salões do castelo, com pinturas e móveis clássicos. É lá que ficam as jóias da Coroa dinamarquesa (110 DKK, ou € 15). E aí, termine o dia no parque do Museu Botânico, do outro lado da rua do castelo. A entrada no parque é grátis e é possível comprar ingresso para entrar nas estufas.

Dia 2 – Realeza e história

Destaque da cidade, a estátua da Pequena Sereia é inspirada no conto escrito pelo H.C. Andersen e fica no Langlinje Pier. Dá para chegar de ônibus – e não se surpreenda se encontrar turistas lá desde cedo.

A estátua da Pequena Sereia é discreta, porém muito visitada

De lá, é uma linha reta até o Amalienborg, o palácio que ainda é usado pela realeza dinamarquesa. Visite as salas de jantar e de eventos reais e os cômodos para visitas importantes. Mas fique atento ao horário para dar tempo de ver a troca da Guarda Real, que acontece sempre por volta do meio-dia.

A “coreografia” da Guarda depende de quem da família real está no castelo. 

Depois, siga para a Prefeitura de Copenhague, na região central da cidade. É possível subir até a torre de segunda a sexta, às 11h e às 14h, e aos sábados, ao meio-dia. (30 DKK, ou € 4).

Reserve o fim de tarde para curtir o Tivoli Gardens, que é um dos parques de diversão mais antigos do mundo. Inaugurado em 1843 (com a presença de quem? Você já sabe. H.C. Andersen), é uma área linda, cheia de jardins e cafés. E vale o aviso: existe a entrada simples (120 DKK, ou €16), que você paga à parte por brinquedo, ou a entrada com atrações ilimitadas (360 DKK, cerca de € 48).

Dia 3 – Explorando a cidade

Um pouco mais afastado do centro fica o distrito de Frederiksberg. Além do jardim maravilhoso, também é possível conhecer o antigo castelo de verão da realeza e um espaço de exposições chamado “Cisterns”.

À tarde, aproveite para conhecer o castelo Christianborg, um dos mais majestosos da cidade. Tours por áreas específicas do palácio estão inclusos no ingresso e acontecem em diferentes horas do dia (160 DKK, cerca de €16). Encerre a viagem por Copenhague com mais um jantar de smørrebrod, um sanduíche aberto típico da Dinamarca.

Meio que um lanche, o smørrebrod – ou open faced sandwich – é típico em Copenhague

Infelizmente, o passeio pela fábrica da Carlsberg está suspenso e só volta em 2020. Além de explicar como é fabricada a cerveja, o VisitCarlsberg conta a história da marca e, consequentemente, da cidade. Aliás, você sabia que foi Carl Jacobsen quem doou a estátua da Pequena Sereia para Copenhague? Vou ficar de olho para avisar aqui quando o passeio for reaberto.

Dicas práticas

A cidade de Copenhague está bem ao norte na Europa, então os horários de luz do dia variam muito ao longo do ano. Por isso, o pôr-do-sol pode acontecer cinco da tarde ou dez da noite. Então preste atenção aos horários de funcionamento durante a época da sua viagem, pois eles podem mudar.

É muito fácil andar a pé pela cidade, ou usar o transporte público, que te leva para todos os cantos. E os bilhetes são os mesmos para todos os modais e você compra por zona que irá circular. Assim como em muitos lugares da Escandinávia, você nem sempre precisa mostrar o bilhete para embarcar, mas fiscais podem te parar e multar se você não tiver uma passagem válida.

O porto de Nyhavn num começo de dia de primavera

O que me ajudou muito – inclusive a explorar mais atrações da cidade – foi o Copenhagen Card. Você compra por tempo (24, 48 ou 72 horas) e ele dá passe livre para transporte público nas áreas principais, incluindo até o aeroporto. E ele também serve como entrada em várias das atrações da cidade (e em todas as que citei nesse texto, exceto os brinquedos do Tivoli).

E aí, já foi pra Dinamarca? Do que mais gostou por lá? Ficou com alguma dúvida sobre Copenhague? Deixe um comentário pra gente!